Acoes Provocativas

março 24, 2006

Vc foi multado. Motivo: seu carro é estúpido!

Vc foi multado. Motivo: seu carro é estúpido
Vixi, vai vendo trombei no blog Treehugger com essa correria gringa bem louca. Tipo de ativistas anti carros poluentes, trambolhos, energívoros, estorvo, ostentatório, perigoso, ameaça aos cidadão, uscambau. Tipo uma multa fictícia, com um salve caguetando idiotice e estupidez do veículo, transporte individual, combustível fóssil, poluição, desrespeito, falta de segurança, daquele jeito.
Ligeiro tá valendo replicar em pindorama, lado a lado com sticker na placa de trânsito, pá e tal. Tiozinho q trombar com papelzinho vai dar um pulo dessa altura, se pam, no veneno atrás de esquema cancelamento e liberar multa na CET, maior comédia.
Tem o dom?

-> Arquivo: 9.1.2006 : É permitido permitir
-> Arquivo: 3.8.2005 : Ameaça de bomba na CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
-> Arquivo: 20.6.2005 : Isto não e' arte - Sticker
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março 10, 2006

Demostração do padrão japonês de TV digital para o Brasil

Liga nóis, se pam nesse vídeo maluco mostra toda a malemolência, gingado, flexibilidade e poder de adaptação do padrão de HDTV do Japão para nossa futura TV digital brasileira. Vai vendo: Matsuken Samba!



Olha a caipirinha de sakê aí gente!
Liga q pra por sushi no rodízio de picanha o bonde já tá formado :-D

É muita treta.

Leia tb:
6/10/2006 : Vídeo do Ronaldo dando o troco na ex-mulher

-> Arquivo: 17.10.2005 : Invasão de baratas no metrô do Japão
-> Arquivo: 11.10.2005 : TV Internet está chegando
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março 06, 2006

Adriana no Cuddle Party, tipo uma festa do pijama.

Liga q milianos mandei um salve de mob gringo bem louco, o Cuddle Party, tipo uma banca se jogando em festinha estilo almondega, mas na levada zen, yoga, pá e tal. Hoje trombei no site Nominimo com essa rima da Adriana, q teve o dom de colar no esquema. Olha a conversa:
Nominimo - Reportagem - Pegação, sim; sexo, não
Adriana Maximiliano

05.03.2006 | "São meus olhos ou este vagão está cheio de blocos do eu sozinho?" A pergunta ficou no ar já que eu também saí desacompanhada naquela noite de sábado de carnaval. Atravessei meia Manhattan, entre milhares de solitários no metrô, para ir a uma Cuddle Party, uma espécie de festa do carinho, no Upper East Side. Tudo começou há dois anos, neste mesmo apartamento. Donos do pedaço e criadores da festa, o casal Reid Mihalko e Marcia Baczynski, de 37 e 27 anos, não participariam desta vez: eles foram para a Califórnia promover workshops durante um mês e deixaram o apê à disposição para o bundalelê. Além de Nova York, a Cuddle Party é mania em Los Angeles e já começa a pipocar em países da Europa e no Canadá.

Não há drogas nem sexo neste tipo de festa. A idéia é reunir pessoas que não se conhecem, mas têm algo em comum: vontade de trocar abraço, massagem, cafuné, carinho. Cada uma paga US$ 30, veste seu pijama e deixa a timidez do lado de fora para relaxar no colo de estranhos durante três horas e meia. "Que homem vai querer pagar para pular o sexo e ficar só com a parte chata do negócio?" - pergunta um amigo brasileiro, apostando que só teria "mulher carente". Fui conferir.

Toco o interfone pontualmente às 19h, e a porta do prédio se abre sem que eu precise dizer nada. Depois de cinco andares de escada, uma loura de trancinhas, Racheli, me dá as boas-vindas. "Hug an irish girl today!" (Abrace uma garota irlandesa hoje!), diz sua camiseta, um tanto surrada. Não sei se aperto a mão ou dou um abraço. Na dúvida, estendo os US$ 30. Ela aceita, sorrindo, e me leva para dentro.

O apartamento é um estúdio pequeno com decoração riponga. Toca Beatles, "Penny Lane". No lugar de cortinas, foram penduradas cangas psicodélicas. Encostada na parede, uma cama de solteiro, como convém ao casal criador da Cuddle Party. Em cima dela, uma japonesa medita enquanto um senhor de cabelos brancos conversa com uma gordinha que veste pijama de nuvens cor-de-rosa. Colchas e almofadas coloridas foram espalhadas pelo chão, transformando todo o apê numa grande cama. Cinco ou seis pessoas já estão esparramadas por ali. Stefan, um cabeludo-barbudo em posição de lótus, agradece minha pontualidade. Ele se apresenta como o "salva-vidas da noite" e diz que Racheli é sua assistente. Sempre sorrindo, os dois falam baixo e lentamente, como se estivessem ensinando crianças. A todo momento, dão abraços apertados. Tenho a impressão de que o casal paz-e-amor saiu diretamente de uma foto qualquer de Woodstock-69 e caiu ali na minha frente.

Na parede de tijolos expostos, estão pendurados dois pequenos quadros: a foto de uma guru indiana e a capa do livro "Satan was a lesbian" (Satã era uma lésbica). Há também um pequeno altar com um Buda e bichos de pelúcia. Entre a porta e a sala do estúdio, fica a cozinha. Dois passos são necessários para cruzá-la. Cumbucas coloridas com cenourinhas e pipoca foram colocadas em cima de uma mesa, ao lado de uma jarra de refresco vermelho. Num canto do estúdio, fica o banheiro. No outro, o closet.

"Use pijama - nada muito picante"

Deixo o casaco, a calça jeans e os tênis num cantinho do closet. O lugar não cheira bem. Roupas, sapatos e livros sobre sexo estão empilhados por todos os lados. Há fotos em preto-e-branco de um homem nu na parede. É Reid Mihalko. Antes que alguém entre - a porta também é uma canga -, visto rapidamente meu pijama de flanela emprestado. "Traga um pijama, nada muito picante. Escolha algo mais confortável do que sexy. Menos renda, mais desenhos e nada curto!" - avisou Stefan no e-mail de confirmação da festa. Eu não uso um pijama desde os 6 anos e não quis comprar um para a ocasião. Como visto M e o único pijama que consegui é XS, não estou confortável como pedia o convite. Mas também não me sinto nada sexy.

Quando saio do closet, vejo que uma fila se formou, atravessando a cozinha. Um louro galã que lembra o Johnny Bravo, duas amigas supermaquiadas, dois estudantes com sotaque francês, um moreno na casa dos 30. Contando comigo, 16 pessoas vieram para a Cuddly Party desta semana em Nova York. Nove homens, sete mulheres, entre 20 e 60 anos. Festa estranha com gente esquisita. Eu não tô legal. O estúdio lotado e eu ali, usando um pijama apertado. "Será que para ir embora tenho que entrar na fila do closet ou posso furar?" - penso com os botões emprestados. Olho a porta tentadora. São apenas cinco andares de escada. Ainda não abracei ninguém, dá tempo de sair sem essa tal de Cuddle Party no currículo.

Demoro para decidir e Stefan chama para o círculo das boas-vindas. Já era. Ele diz que, depois das apresentações e de alguns exercícios, teremos duas horas de free style (estilo livre), um tal de puppy pile (pilha de filhotes) e o círculo de encerramento. "A troca de carinho com desconhecidos, num ambiente seguro e sem o julgamento da sociedade, é saudável e necessária", ensina Stefan. Somos divididos em duplas, "por segurança". Ele diz: "Sempre que a energia sexual estiver forte demais, vou soar um apito. Procure sua dupla e levantem as mãos. É a prova de que vocês estão bem." Outra assistente de Stefan, uma negra gordinha chamada Cobby, se oferece para ser minha dupla. Aceito. Do outro lado do círculo, o moreno na casa dos 30, Mark, faz um sinal, perguntando se posso ser a dupla dele. Aceito também. "Você só pode ter um parceiro. Enfrente sua dificuldade para dizer não", diz Cobby, me dando um abraço. Mark tem que procurar outro parceiro.

As apresentações começam: "Meu nome é Joe. Minha namorada mora longe e eu sinto falta de carinho", diz um ruivo de 20 e poucos anos. "Estou solteira depois de muitos anos. Por opção", justifica a japonesa zen, na casa dos 40. "Tenho uma festa hoje à noite e quero chegar lá relaxada. Vim aqui deixar minha ansiedade", conta uma das amigas maquiadas, uma nova-iorquina de cabelos ondulados. "Li sobre a Cuddle Party num blog e como não tinha nada para fazer mesmo...", explica um careca simpático, de pijama de girafinhas. "Depois de anos tentando o Match.com (site de encontros), continuo solteiro. Agora, vou testar a Cuddle Party", avisa Johnny Bravo. A maioria é estreante neste tipo de festa, como eu. "Meu último abraço foi na Cuddle Party da semana passada. Por isso, estou aqui de novo", confessa Mark. "Obrigado por dividir sua história com a gente", repete Stefan, a cada um dos participantes.

Regra número dois: nada de sexo

É hora de apresentar as 15 regras da festa: "Número um: pijamas ficam no corpo o tempo todo. Número dois: nada de sexo, pessoal. Número três: beijos e carícias são permitidos, mas você precisa pedir permissão e receber um sim verbal antes de tocar alguém. E, se você não quiser, não tem que trocar carinhos com ninguém. (...) Número sete: nada de rala-rala! Pode acontecer de você sentir algo ao trocar carícias com alguém. Tudo bem. Ereções são naturais, nem sempre podem ser controladas. Se alguém ficar realmente incomodado, fale comigo ou com Racheli e Cobby. (...) Número 13: Seja higiênico. (...) Número 15: Sempre seja educado, peça ‘por favor’ e agradeça." Penso em pedir ‘por favor’ para ir embora. "Se alguém quiser ir embora, não precisa dizer nada. Basta avisar seu parceiro, pegar suas coisas e partir", diz Stefan, lendo meus pensamentos.

Decido esperar pelos exercícios. O primeiro tem o objetivo de deixar a gente mais confortável ao rejeitar e ser rejeitado: "Olhe para a pessoa a seu lado e peça um beijo. Ela tem que dizer não. Depois, ela faz a mesma pergunta para você e você diz não. Repita o exercício mudando o formato da pergunta durante um minuto". Johnny Bravo pergunta, apertando os olhinhos, se pode me beijar. "Não", respondo, emendando minha pergunta. E tudo segue bem até que ele tenta ser criativo: "Minha boca foi desenhada especialmente para beijar a sua. Posso?" Será que ele já fez isso no mundo real? Aí, não tem jeito: "Não, não, não", digo, completamente confortável.

"Parabéns, você foi rejeitado, rejeitou e continua vivo. Agora, imagine que é uma vaca. Fique de quatro", ordena Stefan. Ficamos todos ali, mugindo, até que vem a ordem para cairmos, uns sobre os outros. Fico presa entre Johnny Bravo e a gordinha de pijama rosa. A cena me lembra um curso de teatro que fiz na adolescência em Copacabana. Ou melhor: a cena me lembra por que larguei no meio o tal curso de teatro. Ao contrário do que garantia o professor e, agora, Stefan, trocar carinho com estranhos só piora minha expressão corporal.

"Para terminar os exercícios, levante e abrace quatro pessoas em menos de 60 segundos." Stefan, Cobby, os estudantes franceses, Johnny Bravo,... Apenas 30 segundos se passaram e já dei oito abraços. Não foi tão ruim. Fora um ou outro, o grupo parece normal, afetuoso e aquecido para a festa. E, pelo que pude perceber, ninguém quebrou a regra 13. Se Stefan aparasse a barba, poderia apresentá-lo a uma amiga hippie. Um dos estudantes franceses também seria apresentável sem aquele pijama roxo de gola rolê. Mark está carente, mas parece gente boa e nem é feio. Estou prestes a achar que Cuddle Party é um programa interessante quando Stefan observa: "Sinto uma tensão sexual muito forte dentro desse apartamento". Eu realmente estou com calor. A japonesa sugere abrir as janelas. Sinto vontade de abraçá-la. O vento frio dissipa parte da tensão, são 20h e o free style vai começar. "Quem não quiser abraçar, pode ler um livro ou dormir", sugere Stefan.

Vou tomar o refresco vermelho e comer cenourinhas na cozinha. Na geladeira cheia de ímãs, um se destaca: "I love my penis". Um instante de costas e, quando me viro, Racheli está abraçada com dois caras na cama. No chão, Stefan faz cafuné na gordinha das nuvens. Ao lado, Johnny Bravo abraça Cobby de conchinha. Tudo tão rápido que chego a duvidar se teve algum "por favor" ou "obrigado", como exigia a regra 15. Viro de novo e me deparo com um quadro na parede amarelo-ovo da cozinha: "He is a healer" (Ele é um curandeiro) é a mensagem sob o desenho de um homem ligado a outras pessoas pelo seu próprio pênis. Coisas de Reid Mihalko.

De barman a educador sexual

Antes de criar a Cuddle Party, ele estudou Artes Plásticas na Brown University, trabalhou como desenhista da Marvel Comics, foi massagista e barman. Hoje, Reid se intitula educador de sexo e romance e ensina como fazer a Cuddle Party em workshops, cobrando cerca de US$ 1 mil por pessoa. A idéia surgiu depois que ele promoveu uma "festa da massagem" apenas para instrutores de ioga, massagistas e enfermeiros, todos amigos seus. Gente que, ele acreditava, costuma dar mais do que receber.

Outros amigos dos tempos de bar pediram algo parecido e Reid criou a Cuddle Party, com todas as suas regras. Vinte e três pessoas apareceram. A namorada de Reid, Marcia Baczynski, que também é educadora sexual, participou da segunda festa, na semana seguinte, e passou a ajudar na organização. O casal mandou dezenas de e-mails para amigos de amigos, criou o site e a festa virou o que é hoje, um evento para estranhos. Logo, Reid descobriu que poderia ser útil além das fronteiras de Manhattan. Em Los Angeles, teve Cuddle Party até de réveillon. O sucesso aumentou quando o seriado "CSI: NY" criou uma Cuddle Party fictícia num dos últimos episódios do ano passado.

É raro alguém ser expulso. Nesta festa comandada por Stefan, todo mundo se comporta muito bem. Algumas pessoas vêm puxar papo, como numa festa qualquer. "No Brasil, vocês se tocam mais, né?" - me pergunta a japonesa. Peço licença para ir ao banheiro e, na volta, tropeço no Joe. Ele pede que eu me abaixe e pergunta se pode passar a mão no meu cabelo, "por favor." Digo que estou com fome e corro para as cenourinhas. Penso em pegar um livro. "The Complete Manual of Sexual Positions", "The Art of Tantric Sex", "Female Nudes"... Melhor não. O careca das girafas abraça Cobby e chora. Mesmo distante, fico constrangida. Sem qualquer motivo aparente, os estudantes franceses começam a cantar alto, desafinados e felizes. Será que só eu não bebi nada antes de vir para cá?

Uma das meninas supermaquiadas solta uma gargalhada. A amiga dela também. As duas estão abraçadas, fazendo um sanduíche com Johnny Bravo. Os estudantes franceses se levantam e vêm na minha direção. Será que, se eu gritar, os vizinhos escutam? Tenho um ataque de riso involuntário e engasgo com o refresco vermelho. Stefan deixa a gordinha das nuvens fazendo cafuné no senhor de cabelos brancos e se aproxima. "Rir e chorar são reações normais", diz ele, me chamando para uma partida de Twister, aquele jogo que é um tapete de círculos coloridos. Os participantes têm que botar mãos e pés nos círculos e acabam embolados. Acho que deve ser uma medida extrema do salva-vidas, tratamento intensivo.

Digo que preciso ir embora, acho que deixei o fogo aceso. Stefan me oferece uma massagem nos pés. Olho em volta e vejo casais, trios e quartetos de gente que nunca se viu antes. Quem sou eu para julgar, mas posso jurar que teve rala-rala entre Racheli e o girafinha. Já são 21h e eu vou nessa. O tal do puppy pile ainda vai demorar. Antes, aceito a massagem de Stefan porque ninguém é de ferro. Por favor, obrigada. "O mundo precisa de Cuddle Party, você não acha?", me diz ele, baixinho. Boto a calça jeans e o casaco por cima do pijama. Dou tchau para Cobby, mas ela está tão enroscada com Mark que nem percebe. Desço as escadas correndo para a rua fria.

Passo por várias pessoas desacompanhadas até pegar o metrô, mais uma vez lotado de blocos do eu sozinho. Olho Nova York com outros olhos agora. Dá até vontade de sair distribuindo uns abraços. Eu não devia ter tomado aquele refresco vermelho.


Megashow? Só o pó.
Tem o dom?

-> Arquivo: 20.9.2004 : Cuddleparty.com
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