Acoes Provocativas

julho 22, 2005

Estadão: O Brasil está tentando politizar o funcionamento da internet

Liga nois entrevistinha com presidente da Icann q saiu milidias no Estadão. Se pam a chapa tá esquentando. Vai vendo copy paste do bagulho:

Quinta-feira, 21 de Julho de 2005
'O Brasil está tentando politizar o funcionamento da internet'
Jamil Chade Correspondente GENEBRA

A Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (Icann), entidade administradora da rede mundial de computadores, alerta que o Brasil está tentando politizar o funcionamento da internet. Para o presidente da Icann, o australiano Paul Twomey, a proposta que o Brasil fez à Organização das Nações Unidas (ONU), de internacionalizar o controle da Internet, pode provocar a quebra na unidade do sistema da rede.

A Icann foi fundada no final dos anos 90 pela administração Bill Clinton que, pressionado pela comunidade internacional, decidiu criar uma entidade privada para administração da rede. Para o governo brasileiro, a Icann é apenas uma fachada para o controle americano e, desde 2003, desenvolve uma campanha para a criação de um fórum internacional que administre a rede.

Em dezembro de 2003, Twomey foi escoltado para fora de uma das reuniões de preparação da Cúpula Mundial da Sociedade da Informação, em Genebra, por causa da insatisfação dos países em desenvolvimento com o funcionamento da internet.

Entre os países que querem democratizar a estrutura de comando da rede estão Brasil, China e África do Sul.

A principal queixa da China, por exemplo, é de que, apesar de ser a nação mais populosa do mundo e apresentar crescimento exponencial de acessos à rede, tem atualmente menos endereços na internet do que o centro de pesquisas americano Massachusetts Institute of Technology (MIT), sediado em Boston.

Twomey, no entanto, nega que a Icann seja uma entidade americana. Eis os principias trechos da entrevista:

A Icann é ou não controlada pelo governo americano?


A Icann não é o governo dos Estados Unidos. Não é uma análise nem precisa nem sofisticada. A Icann não é um braço da administração de George W. Bush. O simbolismo político de tentar fazer essa relação não está funcionando. E, contrariamente ao rumor que existe no Brasil, eu não sou funcionário da CIA (Agência de Inteligência dos Estados Unidos).

Então, qual é a relação da Icann com o governo americano?

Temos vários entendimentos. Quando a internet foi criada, várias funções eram exercidas pelo governo americano. Chegou um momento em que o governo dos Estados Unidos aceitou que não poderia mais realizar essa administração e estabeleceu uma entidade, pedindo sugestões de países. Nenhum país latino-americano enviou sugestões. Europa, Japão e Austrália deram opiniões e reuniões foram realizadas em todo o mundo para desenvolver a Icann. O governo dos Estados Unidos aceitou isso, mas entendeu que deveria haver um acordo para que normas fossem seguidas e o sistema fosse estável. Claro que há uma relação com os Estados Unidos, mas não somos uma criação americana. Não somos controlados pelo governo americano e eu não sou americano. Nossos funcionários vêm de todos os lados do planeta. É verdade que estamos nos Estados Unidos, na Califórnia, mas isso porque um dos fundadores da Internet estava lá e não ia mudar de local quando criamos a entidade. O Brasil está representado na Icann, tanto no nível técnico como no político.

Mas o Brasil se queixa de que, mesmo assim, o órgão, que é composto por governos, na Icann não tem papel preponderante nas decisões.

Se eles quiserem mudar, está nas mãos deles. Mas não se desfaça de tudo. Existem 250 mil redes de computadores que entraram em diversos acordos entre eles. O que reúne todos eles e cria nomes de domínios para sites é a Icann. Quando as pessoas entendem isso, sabem que não podem jogar isso fora.

Mas não estaria na hora de internacionalizar o controle sobre a Internet?

Eu pediria às pessoas que estão no Brasil pressionando por esse tema que entendam que a Icann é o instrumento para a internacionalização e operações estáveis da Internet. Como máquinas falam com máquinas é apenas uma questão de cooperação e não de política. Temos de assegurar uma internet única e confiável. Isso para que qualquer um que queira entrar na rede, como alguém na Bahia que queira abrir um site de seu hotel para atrair turistas, possa atingir milhões de internautas em todo o mundo. Os governos podem falar em políticas públicas, mas não deveriam politizar a forma como a internet funciona.

Mas qual o problema em se politizar?

Políticos sabem que a ameaça é a quebra da unidade quando se politiza um tema. A ameaça é que sistemas comecem a não ser compatíveis, programas sejam bloqueados. As mudanças que terão de ocorrer nos sistemas devem ser estabelecidas por motivos políticos e não técnicos.

Há dois anos, a Icann prometeu que abriria escritórios na América do Sul como parte da internacionalização. O que ocorreu com esse projeto?

Estamos conversando sobre isso e vamos visitar região por região para saber o que seria mais adequado.


É muita treta!
Fui, nem me viu.

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